Desdobramento
Uma noite comum — enquanto dormia, abri os olhos.
Era como se eu estivesse ao mesmo tempo preso e solto no meu próprio corpo.
O desespero tomou conta de mim.
No meu subconsciente eu sabia o que estava acontecendo.
Senti uma dor na nuca, como se tivesse levado uma martelada; meu corpo tremia em choque.
Logo acordei, pulando da cama e gritando.
O incrível é que tudo aquilo foi por mim vivido como se fosse a dor da morte — a morte do meu pai.
Meses depois, meu pai faleceu. Acredito que eu tenha sentido antecipadamente a dor que ele viria a sentir.
Fico em paz ao imaginar que ele fez a passagem sem sofrimento, que partiu em paz e que o amor o guiou até Deus.
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